sábado, 26 de março de 2011


26 de Março
DIAS DIFÍCEIS

"Mas, quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra?" (Lc 18:8). A Bíblia afirma que dias difíceis viriam. Parece-me que estes dias difíceis têm chegado. Por todos os lados temos visto e ouvido o que há de pior. Não se trata de catastrofismo ou de messianismo. Não somos dos que alardeiam o "quanto pior, melhor". Temos fé, cremos na esperança – mas temos os olhos abertos à realidade, pois somente "a verdade nos liberta" para reconhecer a verdadeira necessidade dos homens. No campo religioso, temos o surgimento de falsas doutrinas das mais estranhas: crianças sacrificadas em nome da fé; no seio da Igreja, os mais estranhos movimentos, negociando a Cruz por coisas de valor duvidoso; a inversão de valores, quando a igreja que mais prostituiu e corrompeu através dos séculos aparece como co-irmã, cantando os cânticos que cantamos e copiando a linguagem dos evangélicos que, até pouco tempo, eram tidos como hereges e dignos de fogueira. No meio evangélico, há sérios registros de manifestações tipicamente esotéricas, que estão sendo atribuídas ao Espírito Santo, sem nada ter com Ele! Isto, sem falar de práticas, doutrinas, regras de vida, e até mesmo teologias que colocam o homem no centro de todas as coisas, valorizando-o acima de Deus, e fazendo dEste o escravo do homem. É o evangelho do "toma cá, da cá", do eu, eu, eu, e tudo para mim! Na vida política da nação, permanece o cheiro de podridão. As mudanças recentes não se caracterizam por mudanças na natureza das coisas. Os que se assentam no poder mudaram, mas os assentos são os mesmos... as práticas, as mesmas. Na família, os mais contraditórios procedimentos – seria longa a lista das inversões de valores que acontecem. Será que, se o Filho do Homem voltasse hoje, porventura encontraria fé na terra?!

PENSAMENTO
Há fé na Terra?

ORAÇÃO
Senhor dá-me discernimento espiritual para entender. Em Cristo, amém!

LEITURA
Mateus 22:1-22 – Números 21 – Cântico 1:1-27



EDITORIAL VENCENDO AS TEMPESTADES
Vencendo as tempestades

As agitações de fora nunca devem ser maiores do que nossa paz interior.“Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?” (Mc 4:41).

A beleza do Evangelho está no fato de não escondermos suas dificuldades. Mostra-nos as perseguições, as falhas e as lutas que os gigantes de Deus tiveram e não deixaram de ser gigantes pelo fato de tê-las passado.


Deus ao convidar-nos a segui-lo falou de renúncia, de cruz, de deixar tudo. Seu próprio Filho trilhou o caminho de sacrifício, tendo sido fiel até à morte, “e morte de cruz”. Nada oculto. Tudo às claras. Nós, como seguidores do Nazareno, precisamos aprender a pragmatizar nossa fé, torná-la viva, com poder de ação.


Nem sempre sucesso é símbolo de bênçãos; bem-estar não significa que tudo está bem, mas que nós estamos bem – apesar de tudo!


Em meio às tempestades, muitas bênçãos podem estar em processo, sendo preparadas e entregues por Deus às nossas vidas. Uma das maiores descobertas dos discípulos se deu em meio a uma tempestade. Os Evangelhos narram com clareza a experiência. O mar revolto, as circunstâncias tenebrosas abalaram os sentimentos dos discípulos. Eles falaram de morte... de medo... de abandono.

No entanto, em meio ao vendaval e desespero, o Mestre dormia. A tempestade, por si mesma, é assustadora, mas o dormir do Mestre assusta-nos ainda mais! Qual era o segredo de Jesus? Não importa o que acontece ao meu redor, o importante é aquilo que tenho dentro de mim.


A tempestade ruge, o vento sopra, mas não varre do nosso coração a paz que Cristo dá! A tempestade passa. A agitação se vai.

As circunstâncias mudam. O mar se acalma. A voz portentosa do Senhor da Natureza tem mais força do que os efeitos sobre ela mesma!


“Acalma-te”. Tudo se fez bonança. “Quem é Este?” — foi a pergunta dos discípulos. Você O conhece? Ele pode vencer suas tempestades e trazer paz para a sua vida.


Pr. Aguiar Valvassoura